terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ainda na maternidade!

Quando trouxeram meu príncipe novamente estava lindo! Eu já podía ficar de pé e observá-lo mais detalhadamente, retirei as luvinhas e olhei os dedinhos, quer dizer os dedões, eram magrinhos, compridos e perfeitos, retirei os sapatinhos e meias e contei os dedinhos do pé, automáticamente pude observar que ele era uma mistura de nosso amor, parecía um pouco comigo e um pouco com o Jocimar e era perfeito! Quantas vezes durante minha gestação eu pedí a Deus para que meu filho fosse perfeito e naquele momento eu só podía agradecer a Deus como ele era perfeito e toda a felicidade que o nascimento dele trouxe para mim.


Durante a manhã veio uma enfermeira me ensinar a amamentar e após algumas tentativas ele pegou o peito direitinho, a sensação é bem estranha no início (pelo menos foi para mim) já que eu sempre imaginei que sentiría um amor muito grande quando amamentasse na primera vez, mas não foi nada disso que sentí, não foi nenhuma dor, nenhum encômodo, mas apenas uma sensação de que aquele lugar que me trazía prazer de outra forma estava naquele momento fornecendo alimento para meu filho. Mas no fim foi tudo bem e toda vez que ele chorava eu prontamente tentava amamentar ele.

As visitas começaram a chegar após o almoço e foi até que foi bom, pois já estava aguniada em ficar enclausurada naquele hospital, com as visitas vieram alguns presentinhos que adorei e durante o horário das visitas o pediatra veio passar a visita e me explicou várias coisas, quando ele viu meu irmão segurando o Gustavo disse para ele que assim que terminasse de me explicar iria ensinar ele a segurar um bebê, ao final do nosso papo ele pegou o Gustavo do colo do meu irmão e começou a dizer que o bebê podería ser pego de várias maneiras, que isso e que aquilo, mas que sempre deveríamos segurar com uma mão uma das perninhas do bebê porque se acontecesse algum imprevisto (naquele momento ele simplesmente fingiu que tropeçava ou sei lá o que e deixou o Gustavo pendurado pela perna!), meu coração quase saiu pela boca e o Gustavo ficou lá quietinho, como se nada tivesse acontecido. Quando enfim todos foram embora fui tentar amamentar meu pequeno e não estava saindo nada, nadinha, acho que o ambiente hospitalar "secou" meu leite, chamei a enfermeira para dar leite articifial para meu filho e ele mamou tudo direitinho.


Do nada sentí que ele estava fazendo seu primeiro cocô e para meu desespero eminente quem tinha que trocar a fralda era euzinha, pois antes tinham trocado a fralda dele no banho e nas vezes que foi tomar leitinho, mas naquela hora tinha que ser eu mesma. Então pedí para marido pegar toda a tralha para trocar a fralda (fralda, trocador, gazes e o tal potinho para colocar água morna), quando abrí a fralda tive uma grande surpresa: Nunca imaginei que o ânus do menino fosse tão pertinho do saquinho e que nem precisaría levantar muito as perninhas para limpá-lo, na hora falei: "Caramba, que coisa legal, nun ca tinha visto e é tão prático" e meu marido morreu de rir. Na primeira tentativa de limpá-lo daquele mecômio (primeira fezes do bebê de cor verde escuro, quase preto) ele começou a fazer mais e mais e começou a sujar tudo que estava ao redor dele, fiquei desesperada com tanta sujeira, aí tirei toda a roupinha dele, trocador, lençol do bercinho e coloquei tudo limpinho. Até que para a primeira troca nos saímos melhor do que eu pensava visto a minha falta total de experiência, mas instinto é instinto né.


À noite minha médica veio me visitar e falei para ela do leite que tinha evaporado do meu seio e ela me tranquilizou dizendo que era bem normal, para eu continuar colocando ele para sugar que uma hora iria descer, mas que era para eu quando saísse do hospital comprar um medicamento que iria fazer meu leite descer rapidinho, ela me achou ótima, disse que nem parecía que era eu que tinha tido bebê, me elogiou por estar andando para lá e para cá, mas pediu para eu não exagerar e deixou minha alta prescrita para a manhã seguinte.




Eu já estava me sentindo exausta naquela noite, pois estava praticamente sem dormir dois dias e eu prevía mais uma noite insône já que meu marido simplesmente apagou na cama do acompanhante, mas mesmo cansada eu ainda me sentia tão maravilhada que não estava nem aí para dormir, porém preocupada com o leite que não vinha e toda hora que o Gustavo chorava eu tocava aquela campainha achando que ele estava com fome e pedí para darem leitinho para ele. Durante a madrugada eu não fechei os olhos novamente, quando o dia começou a amanhecer dei graças a Deus porque logo logo estaría em casa. Tomei café, banho e depois tive que ficar aguardando a enfermeira buscar meu príncipe para tomar seu banho e colocar a roupinha que tanto imaginei ele dentro, um lindo conjunto de linha nas cores branco e vermelho. Quando ela o trouxe fiquei mais apaixonada ainda, a roupa ficou muito melhor do que eu podería imaginar, então com minha alta prescrita colocamos o Gustavo no bebê conforto e saimos do hospital nós três, enquanto o maqueiro me levava de cadeira de rodas até a porta do hospital fiquei caladinha pensando que a dois dias tinhamos entrado naquele hospital como um casal e naquele momento saíamos como a mais nova família, confesso que segurei as lágrimas de felicidade, o dia estava lindo, com um sol celestial, acredito que era o céu feliz por que Deus nos permitiu ser pais do Gustavo.