terça-feira, 21 de dezembro de 2010

As primeiras semanas

Nos primeiros dias eu pude sentir o gostinho da preocupação que todos sempre me diziam, pois ser mãe é se preocupar 24 horas por dia X 7 dias por semana, sem descanso e sem férias. No segundo dia em casa comecei a ficar preocupada porque o bebê não fez cocô desde a primeira vez na maternidade e meu leite ainda não estava descendo. Meu dia terminou e novamente fui rumo a noite insône regada a muito chororô e mamadeiras. No dia seguinte meu marido foi trabalhar logo cedo e minha mãe teve que sair para comprar várias coisinhas que eu não sabia da importância como: bomba de tirar leite, o segura-bebê, supositório, remédio para gases do bebê e conchas para tentar fazer com que o bico do meu seio, que é invertido, saísse e facilitasse a mamada do Gustavo. Conforme o dia foi passando meu leite começou a dar sinal de vida e isso me animou, porém o Gustavo não quería pegar o peito e não estava urinando como eu achava que sería o ideal e quando anoiteceu me desesperei e tive uma crise de choro implorando para Deus que meu filho estivesse bem, nisto meu marido chegou e vendo meu desespero achou melhor irmos ao hospital e lá fomos nós para a emergência, chegando lá tinha um monte de crianças na sala de espera, todas gripadas, tossindo e espirrando, na hora bateu o maior arrependimento de estar naquele lugar, mas acabamos aguardando por longas 2 horas e meia até chegar a vez do Gustavo ser atendido. Assim que entramos no consultório relatei que o Gustavo não quería pegar meu peito e que estava a 3 dias sem fazer cocô e a quase 9 horas sem urinar, a médica deu uma olhada nele e com isso ele abriu o berreiro, ela achou que ele podería estar com fome e pediu para eu tentar novamente dar o seio, na hora que coloquei o bico na boca do Gustavo ele começou a mamar e nossa! Como mamou, acho que mais de 40 minutos seguidos. A médica me disse que tudo era normal e que ele podería estar sem urinar por causa do leite artificial (era para eu dar um pouquinho de água para ele) e a parte do cocô ela nem achou nada demais, disse que um recém-nascido pode ficar até 7 dias sem fazer cocô antes de considerar que ele está com o intestino preso, saí do hospital muito mais aliviada e muito feliz por ele ter pego o peito, naquele momento eu resolví: chega de leite artificial, agora ele só irá mamar no peito!



Os dias foram passando e o Gustavo entrou num ritmo muito bom das mamadas, como estava dormindo conosco ele só acordava durante a noite para mamar e logo dormía novamente, ele estava com toda parte fisiológica funcionando perfeitamente e na primeira consulta com o pediatra já tinha ganho peso e crescido, seu coto umbilical caiu com 7 dias e até o nono dia de vida foi um doce! Dormía o dia inteiro e à noite também. Com 9 dias de vida meu pai resolveu fazer uma festa que chamou de Mijinho do Gustavo e chamou Deus e o mundo, foi um churrascão e vieram muitas pessoas, eu fiquei receosa de algo acontecer com o Gu, mas graças a Deus ele não pegou nada contagioso, rsrsrsrs!









Depois deste dia ele começou a não dormir muito durante o dia, ele cochilava uns 10 minutos e logo estava com os lindos olhinhos cor de jabuticaba abertos, e se colocasse na cama ou carrinho ele abria o berreiro, no colo ficava totalmente quietinho prestando atenção em tudo. Quanto estava com 11 dias de vida ele resolveu do nada, simplesmente ficar durante o dia inteiro acordado, isso me preocupou muito, então resolví cortar do meu cardápio tudo que continha cafeína e estimulantes, mas de nada adiantou e voltei a ingerir tudo novamente assim como minha GO tinha dito, não há nenhuma comprovação científica de que o que comemos passa para o leite, então eu continuei tomando meu tarja preta (coca-cola) todos os dias.





Conforme os dias iam passando eu comecei a me adaptar melhor a nova rotina e as poucas horas de sono que eu tinha direito isso é claro que com o Gustavo dormindo conosco na cama, que era algo que sempre critiquei nos pais e agora me via fazendo o mesmo, porém como sou muito curiosa comecei a pesquisar coisas por aqui e descobrí um nome para isso: Cama compartilhada! E também descobrí seus benefícios que eu já podía observar. Mamys me ajudou muito, muito mesmo assumindo toda minha casa e ainda me ajudando com o Gustavo.




Todos os dias assim que ele acordava eu o colocava no carrinho e dava uma voltinha na rua para pegar um solzinho, ele também começou a ficar mais atento a tudo e a fazer algumas gracinhas como balbuciar alguns sons. Como ele nasceu próximo a copa do mundo, no dia do primeiro jogo do Brasil nos vestimos a caráter e assistimos o jogo em casa, Gustavo ficou muito lindo com a roupa e até que não se assutou com os fogos na hora do jogo.



O primeiro mês do meu filho terminou regado a muito carinho, menos choros, menos horas dormidas durante o dia e à noite, com quase um mês ele já estava muito esperto e nem parecía mais aquele recém nascido!


Um comentário:

  1. É tão legal ler seus relatos, parece que vivo com voce essas experiencias!

    Meu Davi chega dia 15/02. Espero para curtir todos os momentos com ele, assim como voce!

    Bjinhos

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